13/06/09

Continuando a discussão por e-mail - A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica

E-mail Lidia

Aproveitando a aula de História do Corpo, que tivemos na pós, vou escrever um pouco do que foi visto em sala sobre o contexto histórico... conforme minhas anotações, bem superficiais. (Lupe se algo estiver errado, me corrija por favor)

- Período da guerra total: exércitos gigantescos; civis no exercito; envolvimento de toda sociedade; homens vão p/ guerra; mulheres vão para as fábricas; dilui-se o limite entre civis e soldados, pois civis também participavam indiretamente das guerras
- Sociedade industrial: urgência da guerra - desempenho militar depende do desenvolvimento industrial- Biopoder: poder regulador, voltado ao corpo coletivo, por conta da industrialização e da guerra total, os corpos passaram a ser um bem coletivo nacional. Estado otimiza a vida (surgem as estatísticas, higiene, contr. populacional, aposentadorias, dietas para trabalhador...). Otimiza os corpos para produção nas fábricas e para guerra.
- Estado totalitário: destrói inimigos objetivos, pelo que é e não pelo que faz - judeus, comunistas, negros, deficientes, ciganos... grupos "perigosos" - o povo alemão se convenceu da idéia e se deixou controlar (medo social)
- Nazismo: utiliza de discurso imagético, baseado no determinismo biológico (raças, eugenia...)
- Cinema: veículo ideológico - estética da política
Como podemos trazer isso tudo para os dias atuais?
- Guerra à distancia, é só apertar um botão. Sociedade não se envolve mais.
- A televisão é a pricipal mídia formadora de mentalidades?
- Alienação: entretenimento?
- "Inimigos": Terroristas, favelas...
- Capitalismo: cria necessidades, consumo de massas
- Clonagem, cibernética, nanotecnologia... simulacro...
- Quais são os interesses, quem comanda e quais são os meios?

E-mail Luana

Então continuando da parte Estética da Guerra, me parece que o Benjamin quando escreve ˝a reprodução em massa corresponde de perto a reprodução das massas˝ acho que ela está colocando uma reprodução de comportamento, um comportamento homogêneo que vai se estabelecendo, hora com a sociedade de consumo e as necessidades que ela cria hora com a manipulação dos meios de comunicação em serviço desta sociedade ou em serviço mais especificamente da guerra. Nestre trecho Estética da Guerra ele não cita, mas está falando claramente da Leni Riefenstahl.

˝Na época de Homero, a humanidade oferecia-se aos deuses olímpicos, agora ela se transforma em espetáculo para si mesma. Sua auto-alienação atingiu o ponto que lhe permite viver sua própria destruição como um prazer estético de primeira ordem. ˝ (Benjamin)

˝A alienação do espectador em favor do objeto contemplado se expressa assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se as imagens dominantes da necessidade, menos compreende sua própria existência e seu próprio desejo. Em relação ao homem que age, a exterioridade do espetáculo aparece no fato de seus próprios gestos já não serem seus, mas de um outro que os representa por ele. É por isso que o espectador não se sente em casa em lugar algum, pois o espetáculo está em toda parte. ˝ (Guy Debord – A Sociedade do Espetáculo)

Aqui deixo uma passagem da Susan Sontag em Sob o signo de Saturno

˝O que é interessante na relação entre política e arte sob o nacionalsocialismo não é que a arte estava subordinada a necessidades políticas, pois isto é verdade tanto em ditaduras de direita quanto de esquerda, mas que a política apropriou a retórica da arte – a arte na sua fase romântica tardia. ( A política ˝é a mais elevada e mais compreensiva de todas as artes˝, disse Goebbels em 1933, e ˝nós que formulamos a nova política alemã, nos sentimos como artistas)

09/06/09

O triunfo da vontade

Para quem não viu ainda ai vai um trecho de O Triunfo da Vontade, filme dirigido por Leni Riefenstahl e que mostra o grande encontro nazista de Nurembergue e claro é uma propaganda nazista.
No xerox eu deixei um texto da Susan Sontag intitulado Fascinante Fascismo em que ela faz um critica muito interessante a Leni Riefenstahl e a estética nazista.
Este texto está no livro Sob o signo de Saturno da Susan Sontag nele ainda tem um ensaio sobre o Benjamin e o Barthes, vale a pena dar uma olhada!




O primeiro longa foi: A BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES

"Mickey Mouse was created in 1928, and his talents were first used in a silent cartoon entitled "Plane Crazy." Before the cartoon could be released, however, sound burst upon the motion picture screen. Thus Mickey made his screen debut in "Steamboat Willie," the world's first fully synchronized sound cartoon, which premiered at the Colony Theatre in New York on November 18, 1928.  Walt's drive to perfect the art of animation was tireless. Technicolor was introduced to animation during the production of his "Silly Symphonies." In 1932, the film "Flowers and Trees" won Walt the first of his 32 personal Academy Awards®. In 1937, he released "The Old Mill," the first short subject to utilize the multiplane camera technique.

On December 21 of that same year, "Snow White and the Seven Dwarfs," the first full-length animated musical feature, premiered at the Carthay Circle Theater in Los Angeles. Produced at the unheard-of cost of $1,499,000 during the depths of the Depression, the film is still considered one of the great feats and imperishable monuments of the motion picture industry. During the next five years, Walt completed such other full-length animated classics as "Pinocchio," "Fantasia," "Dumbo," and "Bambi."

In 1940, construction was completed on Disney's Burbank studio, and the staff swelled to more than 1,000 artists, animators, story men, and technicians. During World War II, 94 percent of the Disney facilities were engaged in special government work, including the production of training and propaganda films for the armed services, as well as health films that are still shown throughout the world by the U.S. State Department. The remainder of Disney's efforts were devoted to the production of comedy short subjects, deemed essential to civilian and military morale". (...)

Confiram toda a biografia e história de Walt Disney no site oficial da companhia:  http://disney.go.com/vault/read/walt/index.html